quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Coco Antes de Chanel / Coco Avant Chanel

De: Anne Fontaine, França, 2009


A diretora  Anne Fontaine retratar a vida de Coco Chanel, retrata um sentimento sóbrio, elegante, rico e requintado as roupas criadas pela grande dama da moda francesa.
         A interessante direção de arte, dos próprios figurinos, para a reconstituição de época é de se admirar.  A trilha sonora é de Alexandre Desplat.
          A grande estilista Francesa Gabrielle Bonheur Chanel, mais conhecida com seu nome artístico, Coco Chanel, nasceu em um hospício pobre da cidade de Saumur, França em 19 de agosto de 1883.
         De família pobre a menina e mais quatro irmãos ficaram  órfaos de mãe quando tinham seis anos. O filme “Coco antes Chanel” relata esta passage  da vida dela até a sua ascenção como designer.
         No filme e deixada com a irmã num orfanato. Depois foi uma cantora de cabaré com voz fraca que canta para alguns soldados bêbado. Ela e sua irmã eram humildes costureiras que consertavam bainhas nos fundos de uma alfaiataria de cidade pequena, destes soldados vê uma oportunidade ao conhecer seu protetor, Etienne Balsan, que logo te oferece refúgio seguro.      
         Recusa-se a casar com Boy Capel, o homem que a amou de verdade. Sempre áspera e rebelde se recusa a usar as vestimentas da época espartilhos e frufrus e prefere usar as roupas dos homens com quem se envolve… A história de Gabrielle “Coco” Chanel, que começou como uma órfã teimosa, e, ao longo de uma história de vida envolvente, se torna a lendária estilista de alta-costura que mudou radicalmente a mulher moderna e se tornou um símbolo de elegância, liberdade e estilo.
          

Proposta das fotos com inspiração no filme de Anne Fontaine – Coco antes de Chanel

Elementos de referências: Camisa listrada, xadres, blazer, pérolas, calça preta, vestidos pretos, cabelo presos.

As roupas:

Camiseta listrada e calça preta: C&A
Paletó, colar e pulseira: acervo




Fotos

                                                          Papel de parede preto e branco uma das preferências de Chanel
                         No filme Chanel tem uma vontade em ser uma pessoa engajada na alta sociedade,
                                                        tem presa, por isso o rélogio.





                                        Preto com pérola tudo de bom.
              
                                                        Xadrez muito usado por Chanel no filme


                                          Tênis da osklen - proposta que lembra a preferência da Chanel
                                                                                      pelos trajes masculinos


Ficha Técnica:
Título no Brasil: Coco Antes de Chanel
Título Original: Coco avant Chanel
País de Origem: França
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 110 minutos
Ano de Lançamento: 2009
Direção: Anne Fontaine


        


terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Estilistas deixam de ditar a moda

(1968 – 1975 – Ecletismo e Ecologia)
         A moda já tinha conquistado sua liberdade, guiado pelo espírito jovem dividiu-se em duas, a clássica e de fantasias. As pessoas se vestiam como gostavam e a moda já não dita que roupa se deve vestir.
        Mulheres estavam se aderindo ao Movimento de Libertação Feminina que não apoiavam a moda, abandonaram o estilo moça romântica e passaram se vestir com características hippie e adotaram o macacão em seus guarda-roupas.
        Surgira um embate de culturas no qual os estilistas precisavam acompanhar e pensar como encarar a ameaça à alta-costura. O estilista Yves Saint Laurent lançou coleções com roupas cinematográficas, camponesas, nacionais, históricas, a transparência. Trabalhou com a técnica de patchwork e resgatou a moda dos anos 40, os casacos de pele e o salto plataforma.
       O estilista Pierre Cardin lançou a moda dos casacos longos sobre minivestidos, macacões e vestidos em malhas de jérsei franzido e drapeado.  Cardin não se rendeu a moda popularesca e nem ao estilo histórico, optou a alta-costura.
        No ano de 1971 o estilista japonês Kansai Yamamoto chega a Paris e lança sua própria grife com roupas com características do vestuário japonês tradicional, com cores fortes e apliques com cetins e couros brilhantes.
        O corpo feminino estava cada vez mais a mostra, os vestidos longos eram feitos com fendas da frente e nas laterais para mostrar as pernas e os shorts curtos que deveriam ser usados com meias grossas.
       O famoso estilista Calvin Klein se estabeleceu nos EUA nessa época com trajes clássicos e elegantes, trabalhava com tecidos naturais, casimira, pelúcia e lãs finas em tons claros.
       O blue jeans de grifes como Levi’s, Lee, Wrangler ganhou os jovens e logo depois o mundo. O tecido podia ser lavado em pedra, encolhido, desbotado, branqueado ou escovado, processos que garantiam diferenciadas cores e texturas ao tecido oferecia a pessoas de varias idades conforto.
Grandes grifes produziam modelos variados com jeans, jaquetas decoradas com apliques e bordados, calças de cós alto e baixo, além das bocas largas “bocas de sino” bastante usada pelos homens.
        Com mais uma crise econômica, a do petróleo o índice do desemprego cresceu e as pessoas adotaram o estilo retrô e o consumo de roupas de segunda mão em brechós.
        Nos EUA surgem academias e uma cultura de que cuidados com corpo era sinônimo de saúde; a moda acompanha com roupas especificas para ginástica. As roupas do dia-a-dia já apresentavam aberturas e fendas que mostravam barriga, ombros e pernas afim de expor a anatomia com músculos trabalhados.
       A moda dos anos 70 configurou vários estilos, uniu culturas vigentes na época com estilos passados.

Liberdade de criação

(1957 – 1967 – A riqueza e o desafio adolescente)

        A Europa já estava estabelecida da guerra com uma população mais jovem e pessoas com poder aquisitivo menor. Os renomados estilistas de Paris perdia lugar para o novo, o jovem, os estilistas de Londres, Pierre Cardin, André Courèges, Emanuel Ungaro e Yves Saint Laurent apareciam com modelos revolucionários que atendiam todas as classes sociais.
        Surge a mini-saia na altura na coxa, vestidos estreitos sem marcar a cintura, os jornalistas da época apelidaram este modelo de “saco” e roupas de motoqueiros de couro de luva e lã cara.
       Apesar do sucesso dos trajes despojados ainda havia exigência do requinte, do refinado. O estilista Balenciaga se destacou com modelos modernos e refinados, com formas geométricas exageradas, conjuntos de calças com as pernas finas, e o cós baixo, com cortes que acentuavam a beleza feminina.
       Vários estilistas se destacaram, pois estavam livres para criar e brilhar. Pierre Cardin com seus decotes assimétricos, golas roulés e os vestidos retos e apertados, além das meias-calças e botas de cano alto. Emanuel Ungaro apostou nos decotes simples, sem gola e combinações de cores fortes.
       O italiano Emilio Pucci se destacou entre as americanas com suas criações de trajes de lazer confortáveis, roupas de ginástica de nylon e suas sedas estampadas.
       Roma sede dos estilistas da moda masculina, estilistas como Stephen ganharam fama entre os jovens pelas roupas irreverentes, palitos curtos, calças estreitas, sem barras italianas e pregas; os sapatos estilo mocassim.
      No inicio dos anos 60 a moda passava por mais transformações com modelos desenvolvidos por estilistas britânicos. Eles apostaram na simplicidade, vestidos retos, pregas triangulares, cinturas baixas e o mínimo de acessórios.  
       Em meados de 1966 a atração eram butiques bem ornamentadas e que reunissem roupas, cosméticos e musica num mesmo lugar. A moda passou a respeitar culturas e etnias, na Europa assumiu um estilo mais despojado, coloridas e às vezes pregava um ar meio esquisito. Os EUA preferiam trajes mais simples, conversadores na medida da então primeira dama dos EUA que despojou moda e beleza.
     Maquiagens fortes, com o preto acentuado nos olhos, desenvolvimento de novos tecidos artificiais, meias-calças decorativas e pequenos sutiãs também marcaram este período. As saias ficaram menores e casacos mais longos.