domingo, 19 de setembro de 2010

1900-1913 "La Belle Epoque"

Período chamado de “La Belle Epoque”, “a era da opulência” e a “era Eduardiana”, é marcado também por elegância no qual a riqueza era exibida por estilos de vida extravagantes e em que o luxo era exibido nas roupas femininas, enquanto que no vestuário masculino não se sujeitava às constantes mudanças decorativas, porém seguia a risca os valores e descrição.
Paris continuava sendo o centro da alta moda. A roupa da mulher, no início da década de 1900, era repleta de babados, bordados, rendas, flores e uma considerável camada de roupa de baixo, vestir-se e despir-se eram tarefas que exigiam tempo e ajuda de uma criada.
Nas roupas debaixo vinham primeiro o chemise e calções de algodão, logo vinha o espartilho, peça fundamental importância para definir a chamada forma de “S”, importante também para manter a postura.
Os pobres e os menos favorecidos não tinham acesso às roupas de alta-costura, se contentavam com as roupas de mercado de segunda mão, ou de caridade.
Os cabelos eram ondulados, abundantes e cheios. Embora a indústria de cosméticos for grande, a maquiagem e os perfumes assumiam certa importância tudo em prol da beleza, eram considerados vulgares e restritos as atrizes.
A fotografia assume um papel fundamental ao substituir desenhos de moda, as propagandas de moda eram por meio de cartões postais e cartões de cigarros, no qual eram tidos de atrizes e membros da aristocracia.
Mulheres de estilos individualistas evitavam o modismo, buscavam transcender a moda onde traziam roupas fluídas baseadas em trajes históricos de origens e períodos diferentes. Em 1909 buscavam a independência das tendências de moda, Mariano Fortuny, patenteou o vestido Delfos, com inspiração no quíton grego, de seda, franzido e decorado com contas de vidro veneziano.
O desejo do novo fazia com que os estilistas buscassem fazer as roupas com tecidos mais caros, com uma maior facilidade para drapejar. Para as roupas de frio as peles, veludos, lãs e com boá de plumas de avestruz. Já as de verão eram feitas de linho, algodão e sedas, tecidos de estampas eram preferidas já que os tons pastéis caracterizavam a época, caracterizando o período de “verão idílico”. Os tons sóbrios eram o preto, cinza e roxo, para o luto, e azul-escuro para conjuntos e tweeds de alfaiataria.
A casa Worth, liderada pelo filho do fundador, Jean Philippe e Gastón, liderava a alta-costura na época, vestindo uma elite rica, nobres, realeza e atrizes famosas. Seus vestidos eram conhecidos pela sua extravagância e quem os vestiam eram mulheres de riqueza e poder.
Na década de 1910, as curvas exageradas haviam desaparecido e o efeito era como o de uma coluna, porem algumas mulheres descartou o espartilho, outras porém nao o fez. Entre 1900 e 1914 algumas mulheres adotaram a saia-funil, que prendia os joelhos e estreitava os passos. Elas usavam os chapéus, “roda de carroça”de diâmetros colossais, porém em 1914, um pouco antes da guerra, os mesmos foram abandonados e a silhueta tornar-se mais estreita e esbelta.
Na verdade nada marca um momento que revolucionou o vestuário masculino entre 1900 e 1913, mais a fomalidade das roupas se fez menor e o conjunto de passeio tornou-se dominante. Mudanças que quase não se via mudavam pouca coisas como um botão, lapelas mais estreitas ou uma nova modelagem de colarinho – tais mudanças já proporcionavam satisfação.
            A Primeira Guerra Mundial pois fim a “Era Dourada” e mudou completamente os estilos de vida e a moda de roupa elegantes.
  

domingo, 12 de setembro de 2010

Filosofia de Lars Svendsen - Pense Moda

     O filósofo Lars Svendsen, faz com que pensamos mais intensamente sobre moda. Ele inicia sua crítica com a seguinte pergunta:



     “Porque o campo da moda precisa de crítica? A moda quer ser mais do que uma mercadoria, portanto precisa de crítica se quiser ser levada à sério.

       A crítica se torna importante em outras áreas assim como cinema, teatro, literatura, pois tem como foco desenvolver algo melhor. Porém na moda tem se uma visão distorcida, uma vez que a crítica negativa, esta aliada a uma venda menor do produto.

       A segunda questão levantada pelo filósofo e que escreve a moda não deve servir ao estilista, e que a crítica se faz importante para um maior reconhecimento como profissional, no entanto boas ou não ela sempre vai existir.

        Porém não são para todos os fatos de fazer criticas, quando se critica tem que pensa antes de dizer algo, pois se coloca em uma linha de fogo.

        “A moda hoje tem uma vasta influência na vida contemporânea e por isso é urgente reconhecer os méritos e fraquezas da moda. Pensar, como dizia Hannah Arendt é uma atividade positiva e destrutiva ao mesmo tempo. Pensar interrompe nosssas atividades. Para fazer uma reflexão é preciso impor um distancia do mundo real e depois voltar para o mundo e não ficar somente em pensamentos abstratos. A crítica é um exercício constante de habilidade de julgar e fazer distinções”.

         Por mais que seja vista no Brasil como nova a crítica de moda também em outros países desenvolvidos e bastante deficiente. A bibliografia de moda é muito rarefeita, muito ainda a escrever, muito a contar da nossa própria história, de criar parâmetros nacionais de conteúdo crítico. O bom é que como a história é recente, fica um pouco mais fácil de contar tudo.
        “A bibliografia de moda é muito rarefeita, muito ainda a escrever, muito a contar da nossa própria história, de criar parametros nacionais de conteúdo crítico. O bom é que como a história é recente, fica um pouco mais fácil de contar tudo”. (http://www.forademoda.net/2010/?p=3212)