(1939 – 1945 - A moda racionada e o estilo caseiro)
Um período um tanto complicado para a moda, se a década anterior foi marcada pela recessão esta seria vamos dizer de repressão. Apesar do período sombrio marcado pela guerra os estilistas não perderam o entusiasmo e bom gosto com criações práticas, ainda permanece o estilo camponês romântico na produção dos trajes, surgiu os casacos com capuzes, toucas de dormir, pijamas de cetim, saias cheias, sobressai o drapeado.
Durante todo o período de hostilidade a produção de tecidos voltou-se para fins relacionados com a guerra. A Lã era usada para produção de uniformes e a seda para produção de pára-quedas, mapas e bolsas de pólvoras. Devido a necessidade a empresa americana têxtil Du Pont desenvolveu uma fibra sintética o Nylon que inicialmente em 1940 era usada para fabricação de meias e logo em seguida roupas intima.
Era um período de muitos conflitos e interesses diversos, em 1940 os Alemães ocuparam Paris interrompendo a divulgação que era executada pela imprensa a outros países, fato que desestimulou vários estilistas de nacionalidade não Francesa que emigraram para outros países.
Houve valorização dos preços dos produtos de luxo, pois eram exportados da França para Alemanha. A moda teve regressão nos conceitos de beleza já adquiridos. Faltava matéria prima para fabricação de sapatos e roupas; os estilistas foram limitados tanto na qualidade, com regulamentação de modelos retos, sem bolsos, dobras e barras, quanto na quantidade de suas criações. A população passou por privações do básico para a sobrevivência. As mulheres reaproveitavam roupas velhas e recriavam modelos a partir dos prontos.
A ordem era racionar ao máximo e para tanto surge mais uma tendência, com menos formalidade, as vestimentas masculina se restringia a duas peças, camisas ou pulôveres de pescoço aberto com calça de flanela, saem a gravata, o terno e a gravata.
Os grandes astros do cinema continuavam a difundir a moda e instigar a beleza feminina. A indústria de cosméticos também passava por recessão, mas as mulheres cultivavam suas belezas com simplicidade e produtos naturais. Escovavam seus cabelos para dar brilho no lugar da brilhantina, dividir os cabelos para o lado de dia e penteados para cima em ocasiões festivas e as unhas eram polidas na falta do esmalte.
Depois deste período tumultuado e incerto Paris perdeu lugar de destaque na moda para outros lugares fazendo que seus estilistas se unissem a outras economias onde pudessem tirar proveito com seus trabalhos. A feminilidade estava de volta com combinações de cores vibrantes com uso de decotes ovais e princesa e mangas japonesas resgatando a cultura do Japão.
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