quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Coco Antes de Chanel / Coco Avant Chanel

De: Anne Fontaine, França, 2009


A diretora  Anne Fontaine retratar a vida de Coco Chanel, retrata um sentimento sóbrio, elegante, rico e requintado as roupas criadas pela grande dama da moda francesa.
         A interessante direção de arte, dos próprios figurinos, para a reconstituição de época é de se admirar.  A trilha sonora é de Alexandre Desplat.
          A grande estilista Francesa Gabrielle Bonheur Chanel, mais conhecida com seu nome artístico, Coco Chanel, nasceu em um hospício pobre da cidade de Saumur, França em 19 de agosto de 1883.
         De família pobre a menina e mais quatro irmãos ficaram  órfaos de mãe quando tinham seis anos. O filme “Coco antes Chanel” relata esta passage  da vida dela até a sua ascenção como designer.
         No filme e deixada com a irmã num orfanato. Depois foi uma cantora de cabaré com voz fraca que canta para alguns soldados bêbado. Ela e sua irmã eram humildes costureiras que consertavam bainhas nos fundos de uma alfaiataria de cidade pequena, destes soldados vê uma oportunidade ao conhecer seu protetor, Etienne Balsan, que logo te oferece refúgio seguro.      
         Recusa-se a casar com Boy Capel, o homem que a amou de verdade. Sempre áspera e rebelde se recusa a usar as vestimentas da época espartilhos e frufrus e prefere usar as roupas dos homens com quem se envolve… A história de Gabrielle “Coco” Chanel, que começou como uma órfã teimosa, e, ao longo de uma história de vida envolvente, se torna a lendária estilista de alta-costura que mudou radicalmente a mulher moderna e se tornou um símbolo de elegância, liberdade e estilo.
          

Proposta das fotos com inspiração no filme de Anne Fontaine – Coco antes de Chanel

Elementos de referências: Camisa listrada, xadres, blazer, pérolas, calça preta, vestidos pretos, cabelo presos.

As roupas:

Camiseta listrada e calça preta: C&A
Paletó, colar e pulseira: acervo




Fotos

                                                          Papel de parede preto e branco uma das preferências de Chanel
                         No filme Chanel tem uma vontade em ser uma pessoa engajada na alta sociedade,
                                                        tem presa, por isso o rélogio.





                                        Preto com pérola tudo de bom.
              
                                                        Xadrez muito usado por Chanel no filme


                                          Tênis da osklen - proposta que lembra a preferência da Chanel
                                                                                      pelos trajes masculinos


Ficha Técnica:
Título no Brasil: Coco Antes de Chanel
Título Original: Coco avant Chanel
País de Origem: França
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 110 minutos
Ano de Lançamento: 2009
Direção: Anne Fontaine


        


terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Estilistas deixam de ditar a moda

(1968 – 1975 – Ecletismo e Ecologia)
         A moda já tinha conquistado sua liberdade, guiado pelo espírito jovem dividiu-se em duas, a clássica e de fantasias. As pessoas se vestiam como gostavam e a moda já não dita que roupa se deve vestir.
        Mulheres estavam se aderindo ao Movimento de Libertação Feminina que não apoiavam a moda, abandonaram o estilo moça romântica e passaram se vestir com características hippie e adotaram o macacão em seus guarda-roupas.
        Surgira um embate de culturas no qual os estilistas precisavam acompanhar e pensar como encarar a ameaça à alta-costura. O estilista Yves Saint Laurent lançou coleções com roupas cinematográficas, camponesas, nacionais, históricas, a transparência. Trabalhou com a técnica de patchwork e resgatou a moda dos anos 40, os casacos de pele e o salto plataforma.
       O estilista Pierre Cardin lançou a moda dos casacos longos sobre minivestidos, macacões e vestidos em malhas de jérsei franzido e drapeado.  Cardin não se rendeu a moda popularesca e nem ao estilo histórico, optou a alta-costura.
        No ano de 1971 o estilista japonês Kansai Yamamoto chega a Paris e lança sua própria grife com roupas com características do vestuário japonês tradicional, com cores fortes e apliques com cetins e couros brilhantes.
        O corpo feminino estava cada vez mais a mostra, os vestidos longos eram feitos com fendas da frente e nas laterais para mostrar as pernas e os shorts curtos que deveriam ser usados com meias grossas.
       O famoso estilista Calvin Klein se estabeleceu nos EUA nessa época com trajes clássicos e elegantes, trabalhava com tecidos naturais, casimira, pelúcia e lãs finas em tons claros.
       O blue jeans de grifes como Levi’s, Lee, Wrangler ganhou os jovens e logo depois o mundo. O tecido podia ser lavado em pedra, encolhido, desbotado, branqueado ou escovado, processos que garantiam diferenciadas cores e texturas ao tecido oferecia a pessoas de varias idades conforto.
Grandes grifes produziam modelos variados com jeans, jaquetas decoradas com apliques e bordados, calças de cós alto e baixo, além das bocas largas “bocas de sino” bastante usada pelos homens.
        Com mais uma crise econômica, a do petróleo o índice do desemprego cresceu e as pessoas adotaram o estilo retrô e o consumo de roupas de segunda mão em brechós.
        Nos EUA surgem academias e uma cultura de que cuidados com corpo era sinônimo de saúde; a moda acompanha com roupas especificas para ginástica. As roupas do dia-a-dia já apresentavam aberturas e fendas que mostravam barriga, ombros e pernas afim de expor a anatomia com músculos trabalhados.
       A moda dos anos 70 configurou vários estilos, uniu culturas vigentes na época com estilos passados.

Liberdade de criação

(1957 – 1967 – A riqueza e o desafio adolescente)

        A Europa já estava estabelecida da guerra com uma população mais jovem e pessoas com poder aquisitivo menor. Os renomados estilistas de Paris perdia lugar para o novo, o jovem, os estilistas de Londres, Pierre Cardin, André Courèges, Emanuel Ungaro e Yves Saint Laurent apareciam com modelos revolucionários que atendiam todas as classes sociais.
        Surge a mini-saia na altura na coxa, vestidos estreitos sem marcar a cintura, os jornalistas da época apelidaram este modelo de “saco” e roupas de motoqueiros de couro de luva e lã cara.
       Apesar do sucesso dos trajes despojados ainda havia exigência do requinte, do refinado. O estilista Balenciaga se destacou com modelos modernos e refinados, com formas geométricas exageradas, conjuntos de calças com as pernas finas, e o cós baixo, com cortes que acentuavam a beleza feminina.
       Vários estilistas se destacaram, pois estavam livres para criar e brilhar. Pierre Cardin com seus decotes assimétricos, golas roulés e os vestidos retos e apertados, além das meias-calças e botas de cano alto. Emanuel Ungaro apostou nos decotes simples, sem gola e combinações de cores fortes.
       O italiano Emilio Pucci se destacou entre as americanas com suas criações de trajes de lazer confortáveis, roupas de ginástica de nylon e suas sedas estampadas.
       Roma sede dos estilistas da moda masculina, estilistas como Stephen ganharam fama entre os jovens pelas roupas irreverentes, palitos curtos, calças estreitas, sem barras italianas e pregas; os sapatos estilo mocassim.
      No inicio dos anos 60 a moda passava por mais transformações com modelos desenvolvidos por estilistas britânicos. Eles apostaram na simplicidade, vestidos retos, pregas triangulares, cinturas baixas e o mínimo de acessórios.  
       Em meados de 1966 a atração eram butiques bem ornamentadas e que reunissem roupas, cosméticos e musica num mesmo lugar. A moda passou a respeitar culturas e etnias, na Europa assumiu um estilo mais despojado, coloridas e às vezes pregava um ar meio esquisito. Os EUA preferiam trajes mais simples, conversadores na medida da então primeira dama dos EUA que despojou moda e beleza.
     Maquiagens fortes, com o preto acentuado nos olhos, desenvolvimento de novos tecidos artificiais, meias-calças decorativas e pequenos sutiãs também marcaram este período. As saias ficaram menores e casacos mais longos.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A moda volta a brilhar

(1946 – 1956 – Feminilidade e conformismo)

        A guerra tinha chegado ao fim, mas o clima austero e o racionamento ainda sobreviviam. A Europa estava sob forte influência dos EUA já que estavam financiando a reestruturação do país.
        O estilista Louis Réard lançou o traje de banho denominado “Bikini”. O estilista Cristian Dior se destacou com suas produções refinadas estilo romântico com saias cheias, ombros e cintura justos. Outro estilista que inovou a moda da época foi Cristóbal Balenciaga tinha um estilo moderno, ele brincava com a mistura de cores. Produziu trajes para mulheres de todas as estaturas e pesos, utilizou de recursos como a cintura mais alta para alongar a mulher.
        Jacques Fath brilhava entre as mulheres altas e magras. Ele criou vestidos-tubo que delineava as curvas femininas, colarinhos altos que cobria todo o pescoço e laços grandes em torno da cintura.
        A imprensa reconhece que moda é noticia que vende e os estilistas agradecem tal reconhecimento, o lucro era certo. Enquanto os estilistas de Paris, Itália e França esbanjavam requinte com a alta-costura os EUA se firmavam com produção de roupas prontas que iam desde trajes de banho à roupas de lazer e formais.
         Depois do sucesso com as mulheres Dior enxerga a necessidade de desenvolver modelos masculinos já que estes em sua maioria haviam deixado uma guerra no qual suas vestimentas eram uniformes militar. Ele despertou a atenção de outros estilistas e de outros países que começaram a produção de peças masculinas em larga escala. Os homens usavam o trivial, um conjunto de calça e palitó bem cortados de cores escuras de risca de giz ou preto para o dia e a noite e o marinho e o cinza para o dia, acompanhados de chapéu-coco e o traje esportiva tinha que ser completo de acordo com o esporte escolhido.
          A moda masculina foi evoluindo 1950, primeiro para os europeus o visual com jaqueta longa, estreita e botões altos e calças estreitas, sem barras italianas com acessórios, chapéu-coco, guarda-chuva dobrado ou bengala com castão de prata e sapatos tipo Oxford. Para os americanos um estilo mais jovial, as jaquetas com corte reto e folgado com lapelas largas e as calças com bocas largas. A tendência evoluiu para o informal com as jaquetas curtas e justas com lapelas estreitas, as calças eram de boca apertada e os sapatos eram estreitos e pontudos.
           Cada dia que se passava a informalidade tomava conta da moda e tanto as mulheres quanto os homens se adentravam a ela, mas deveria permanecer a elegância mesmo no estilo desleixado. As mulheres usavam suéteres largos com saias ou calças justas e os homens usavam algodão sarjado e jaquetas da força aérea. Maquiagens voltaram a ser produzidas em grande variedade de produtos e cores. Os acessórios também voltaram a ser produzidos com força e as recomendações de revistas de moda era que deveriam combinar quando em conjunto.

A constante busca pela beleza no período de guerra

(1939 – 1945  - A moda racionada e o estilo caseiro)
         Um período um tanto complicado para a moda, se a década anterior foi marcada pela recessão esta seria vamos dizer de repressão. Apesar do período sombrio marcado pela guerra os estilistas não perderam o entusiasmo e bom gosto com criações práticas, ainda permanece o estilo camponês romântico na produção dos trajes, surgiu os casacos com capuzes, toucas de dormir, pijamas de cetim, saias cheias, sobressai o drapeado.
        Durante todo o período de hostilidade a produção de tecidos voltou-se para fins relacionados com a guerra. A Lã era usada para produção de uniformes e a seda para produção de pára-quedas, mapas e bolsas de pólvoras. Devido a necessidade a empresa americana têxtil Du Pont desenvolveu uma fibra sintética o Nylon que inicialmente em 1940 era usada para fabricação de meias e logo em seguida roupas intima.
         Era um período de muitos conflitos e interesses diversos, em 1940 os Alemães ocuparam Paris interrompendo a divulgação que era executada pela imprensa a outros países, fato que desestimulou vários estilistas de nacionalidade não Francesa que emigraram para outros países.
         Houve valorização dos preços dos produtos de luxo, pois eram exportados da França para Alemanha. A moda teve regressão nos conceitos de beleza já adquiridos. Faltava matéria prima para fabricação de sapatos e roupas; os estilistas foram limitados tanto na qualidade, com regulamentação de modelos retos, sem bolsos, dobras e barras, quanto na quantidade de suas criações. A população passou por privações do básico para a sobrevivência. As mulheres reaproveitavam roupas velhas e recriavam modelos a partir dos prontos.
         A ordem era racionar ao máximo e para tanto surge mais uma tendência, com menos formalidade, as vestimentas masculina se restringia a duas peças, camisas ou pulôveres de pescoço aberto com calça de flanela, saem a gravata, o terno e a gravata.
         Os grandes astros do cinema continuavam a difundir a moda e instigar a beleza feminina. A indústria de cosméticos também passava por recessão, mas as mulheres cultivavam suas belezas com simplicidade e produtos naturais. Escovavam seus cabelos para dar brilho no lugar da brilhantina, dividir os cabelos para o lado de dia e penteados para cima em ocasiões festivas e as unhas eram polidas na falta do esmalte.
         Depois deste período tumultuado e incerto Paris perdeu lugar de destaque na moda para outros lugares fazendo que seus estilistas se unissem a outras economias onde pudessem tirar proveito com seus trabalhos. A feminilidade estava de volta com combinações de cores vibrantes com uso de decotes ovais e princesa e mangas japonesas resgatando a cultura do Japão.

O uso da criatividade na moda frente a dificuldade econômica

(1930 – 1938 Recessão e Escapismo)
          Um período marcado pelo declínio da economia mundial com a instabilidade do mercado de ações de Nova York. Empresas dos mais variados ramos estavam sofrendo pois os Estados Unidos (EUA) era um grande consumidor de seus produtos e serviços, crescia assim, o índice de desemprego,  com a indústria da moda não foi diferente. Os EUA era o maior pólo consumidor das peças produzidas por estilistas de Paris o então motivador da moda mundial.
          Os profissionais da moda foram obrigados a se recolocarem no mercado. Toda suas bagagens repletas de cultura requintada sofreram profundas mudanças, surge então novas tendências. Foi desenvolvido trajes românticos, roupas esportivas formais para as varias categorias de esportes além de trajes de proteção impermeáveis.
          Grandes estilistas, costureiros e bordadores foram obrigados a baixarem seus preços e criarem uma moda mais versátil e barata. Há relatos de que o conceituado estilista Chanel reduziu seus preços a metade, já o respeitado Bordador Lesage se adaptou a diferentes estamparias baratas.
          Os EUA monopolizavam o mercado de moda de roupas prontas com estilo esportivo informal e tamanhos padronizados. Alguns estilistas americanos como Dorothy Shaver da Lord & Taylor, Claire McCardell da Towley Frocks, os Nova Yorkinos Muriel King pela produção de peças de roupas intercambiáveis, Lilly Daché pelos belos chapéis e Hattie Carneggie se destacaram pela desenvoltura entre as dificuldades. A moda feminina o visual cotidiano por roupas mais sensuais que acentuassem os curvas femininas, os corpetes cederam lugar aos sutiãs
          A década de 30 foi marcada pela beleza associada à saúde. O cuidado com o corpo por meio de exercícios físicos também poderia ser desenvolvidos por mulheres. Com o corpo mais trabalhado houve aceitação do uso de shorts, meias soquetes e roupas de banho com mais curtas e com leve decotes nas costas.
          Os exuberantes vestidos de linho, seda e casacos de pele de raposa prateada e macaco, conhecidos como “astracã” foram substituídos por tecidos mais leves e mais baratos como o piquê de algodão, cambraia, musselina e organdi.
          Uma vez que as roupas se destacavam pelos cortes arrojados e tecidos com novas estamparias e semelhança com material sintético nada mais justo que os acessórios acompanharem esta evolução. Ganharam destaque os cintos com fivelas chamativas de pedras e brilhantes, as bolsas e sandálias combinavam com a roupa em tecido e cor. Nesta época surge o sapatos de biqueira aberta os tão conhecidos peep toe e em meados de 1936 surge pelo Francês Roger Viver os saltos-plataformas.
         A indústria cinematográfica também sofreu influência dos estilistas Adrian, Walter Plunkett, Travis Banton e Orry-Kelly que tinham a missão de criar modelos para vestir os atores de Hollywood e mal sabiam eles que estas obras virariam tendências e vestiriam pessoas do mundo todo.
         Para beneficiar a classe pobre que não podiam dispor de tal luxuria a moda vigente podia ser copiada por catálogos e revistas de encomenda postal.
         Os trajes masculinos também eram inspirados em astros do cinema como o grande Gary Cooper. A moda masculina estava esbanjando o físico com paletós  mais justas, curtas e bolsos que diferenciava o corte reto.
         A década de 30 para a moda foi cheia de oscilações culturais, políticas e econômicas. A moda sofreu influência do Escapismo por vários estilistas, do Neoclássico de Alix e Vinnot com todos os seus pensados, drapeados e dobras e por último do Surrealista de Schiaparelli com criação de coleções temáticas, musical, circo dentre outras.

domingo, 19 de setembro de 2010

1900-1913 "La Belle Epoque"

Período chamado de “La Belle Epoque”, “a era da opulência” e a “era Eduardiana”, é marcado também por elegância no qual a riqueza era exibida por estilos de vida extravagantes e em que o luxo era exibido nas roupas femininas, enquanto que no vestuário masculino não se sujeitava às constantes mudanças decorativas, porém seguia a risca os valores e descrição.
Paris continuava sendo o centro da alta moda. A roupa da mulher, no início da década de 1900, era repleta de babados, bordados, rendas, flores e uma considerável camada de roupa de baixo, vestir-se e despir-se eram tarefas que exigiam tempo e ajuda de uma criada.
Nas roupas debaixo vinham primeiro o chemise e calções de algodão, logo vinha o espartilho, peça fundamental importância para definir a chamada forma de “S”, importante também para manter a postura.
Os pobres e os menos favorecidos não tinham acesso às roupas de alta-costura, se contentavam com as roupas de mercado de segunda mão, ou de caridade.
Os cabelos eram ondulados, abundantes e cheios. Embora a indústria de cosméticos for grande, a maquiagem e os perfumes assumiam certa importância tudo em prol da beleza, eram considerados vulgares e restritos as atrizes.
A fotografia assume um papel fundamental ao substituir desenhos de moda, as propagandas de moda eram por meio de cartões postais e cartões de cigarros, no qual eram tidos de atrizes e membros da aristocracia.
Mulheres de estilos individualistas evitavam o modismo, buscavam transcender a moda onde traziam roupas fluídas baseadas em trajes históricos de origens e períodos diferentes. Em 1909 buscavam a independência das tendências de moda, Mariano Fortuny, patenteou o vestido Delfos, com inspiração no quíton grego, de seda, franzido e decorado com contas de vidro veneziano.
O desejo do novo fazia com que os estilistas buscassem fazer as roupas com tecidos mais caros, com uma maior facilidade para drapejar. Para as roupas de frio as peles, veludos, lãs e com boá de plumas de avestruz. Já as de verão eram feitas de linho, algodão e sedas, tecidos de estampas eram preferidas já que os tons pastéis caracterizavam a época, caracterizando o período de “verão idílico”. Os tons sóbrios eram o preto, cinza e roxo, para o luto, e azul-escuro para conjuntos e tweeds de alfaiataria.
A casa Worth, liderada pelo filho do fundador, Jean Philippe e Gastón, liderava a alta-costura na época, vestindo uma elite rica, nobres, realeza e atrizes famosas. Seus vestidos eram conhecidos pela sua extravagância e quem os vestiam eram mulheres de riqueza e poder.
Na década de 1910, as curvas exageradas haviam desaparecido e o efeito era como o de uma coluna, porem algumas mulheres descartou o espartilho, outras porém nao o fez. Entre 1900 e 1914 algumas mulheres adotaram a saia-funil, que prendia os joelhos e estreitava os passos. Elas usavam os chapéus, “roda de carroça”de diâmetros colossais, porém em 1914, um pouco antes da guerra, os mesmos foram abandonados e a silhueta tornar-se mais estreita e esbelta.
Na verdade nada marca um momento que revolucionou o vestuário masculino entre 1900 e 1913, mais a fomalidade das roupas se fez menor e o conjunto de passeio tornou-se dominante. Mudanças que quase não se via mudavam pouca coisas como um botão, lapelas mais estreitas ou uma nova modelagem de colarinho – tais mudanças já proporcionavam satisfação.
            A Primeira Guerra Mundial pois fim a “Era Dourada” e mudou completamente os estilos de vida e a moda de roupa elegantes.
  

domingo, 12 de setembro de 2010

Filosofia de Lars Svendsen - Pense Moda

     O filósofo Lars Svendsen, faz com que pensamos mais intensamente sobre moda. Ele inicia sua crítica com a seguinte pergunta:



     “Porque o campo da moda precisa de crítica? A moda quer ser mais do que uma mercadoria, portanto precisa de crítica se quiser ser levada à sério.

       A crítica se torna importante em outras áreas assim como cinema, teatro, literatura, pois tem como foco desenvolver algo melhor. Porém na moda tem se uma visão distorcida, uma vez que a crítica negativa, esta aliada a uma venda menor do produto.

       A segunda questão levantada pelo filósofo e que escreve a moda não deve servir ao estilista, e que a crítica se faz importante para um maior reconhecimento como profissional, no entanto boas ou não ela sempre vai existir.

        Porém não são para todos os fatos de fazer criticas, quando se critica tem que pensa antes de dizer algo, pois se coloca em uma linha de fogo.

        “A moda hoje tem uma vasta influência na vida contemporânea e por isso é urgente reconhecer os méritos e fraquezas da moda. Pensar, como dizia Hannah Arendt é uma atividade positiva e destrutiva ao mesmo tempo. Pensar interrompe nosssas atividades. Para fazer uma reflexão é preciso impor um distancia do mundo real e depois voltar para o mundo e não ficar somente em pensamentos abstratos. A crítica é um exercício constante de habilidade de julgar e fazer distinções”.

         Por mais que seja vista no Brasil como nova a crítica de moda também em outros países desenvolvidos e bastante deficiente. A bibliografia de moda é muito rarefeita, muito ainda a escrever, muito a contar da nossa própria história, de criar parâmetros nacionais de conteúdo crítico. O bom é que como a história é recente, fica um pouco mais fácil de contar tudo.
        “A bibliografia de moda é muito rarefeita, muito ainda a escrever, muito a contar da nossa própria história, de criar parametros nacionais de conteúdo crítico. O bom é que como a história é recente, fica um pouco mais fácil de contar tudo”. (http://www.forademoda.net/2010/?p=3212)


      

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O Antagonismo

  •        Hoje existe o antagonismo entre o vestuário feminino e o masculino.
       Visualizando a sociedade a nossa volta somos surpreendidos com uma grande diversidade de gostos, comportamentos, estilos e atitudes. Estas classificações são reflexos de uma sociedade ampla em costumes e tradições impondo a cada um levarmos estilos de vida diferenciados. Seguindo deste pressuposto impõe se à sociedade a se esconderem atrás de máscaras, forçando muitas das vezes a viverem sobre esta diferença de costumes, estes que refletem de uma forma intensa também na vestimenta.


        Não somente no físico a mulher se distancia evidentemente do homem, quanto na fala, nos gestos, na maneira de vestir e nas tarefas de casa e do trabalho. Desde as sociedades primitivas esta separação leva os homens e as mulheres a viverem em mundos opostos, levando com que por serem mais delicadas as mulheres é designada as atividades mais sedentárias em contrapartida o homem fica encarregado as tarefas que exigem mais força física.
        Nos tempos atuais esta oposição se manifesta cada vez mais, com o interesse da mulher se destacar melhor no mercado de trabalho ela busca assim a ocupar e alcançar o mesmo espaço do homem na sociedade.

sábado, 21 de agosto de 2010

       

         O conceito de moda acompanha o vestuário e o tempo, abrange o simples uso da roupa a um contexto maior, político, social, religioso, científicas e estética. Moda é muito mais do que só roupa e relacionada ao fato de retratar, simbolizar os acontecimentos ao longo do tempo. Portanto estabelece uma ponte entre a arte e a vida.
       ´´ A moda não é um fenômeno universal, mas próprio de certas sociedades e de certas épocas.``
O conceito de moda surgiu no final da Idade Média, a partir do Renascimento, com desenvolvimento e a organização da vida das cortes que se acentuam no ocidente,  o interesse pelo traje acelera assim o ritmo das mudanças.
           A aproximação das pessoas na área urbana levou ao desejo de imitar, temendo ao fato de sentirem isolados os burgueses copiavam e os nobres iventavam, e assim por diante. Surgindo assim a moda com caráter separatista da sociedade em grupos de poder e riquezas.

 A moda é uma arte?

           Estas duas palavras (moda e arte) quando juntas provocam discussões super quentes, pois pessoas ligadas à arte não aceitam que um fenômeno tão efêmero seja chamada de Arte, algo que é ligada às elites do dinheiro, manipulada por meia dúzia de pessoas. A moda ela vai mais além do que arte, ela atende às necessidades de afirmação pessoal, distingue o indivíduo como membro de um grupo, e também expressa as  idéias e sentimentos. ´´O costureiro, ao criar um modelo, resolve problemas de equilíbrio de volumes, de linhas, de cores, de ritmos. Como o escultor ou pintor ele procura, portanto, uma Forma que é a medida do epaço e que, segundo Focillon, é o úncio elemento que devemos considerar na obra de arte.``
          
Yves Saint Laurent – 1965   - coleção inspirada em Mondrian





















        

domingo, 15 de agosto de 2010

Moda do século XIX


"O objetivo deste blog é apresentar minhas reflexões sobre a compreensão da evolução histórica e cultural da Moda, as características estilísticas da moda presentes nos séculos XIX e XX. Procuro também discutir as possíveis conexões entre o passado e acontemporaneidade. Estas reflexões e discussões surgem dos encontros semanais na disciplina História da Moda ministrada pelo Professor Quéfren Crillanovick na Universidade Federal de Goiás - UFG."